A ansiedade é uma resposta natural a muitos estressores da vida, como conhecer novas pessoas, falar em público ou se perder em um ambiente desconhecido. Mas quando esses sentimentos de nervosismo são impactantes e tornam a vida cotidiana mais difícil, pode ser sinal de algum transtorno de ansiedade. Entenda mais sobre o assunto neste texto!
Sintomas de uma pessoa idosa com ansiedade
Os sintomas de ansiedade variam de pessoa para pessoa. Mas, em geral, os sinais mentais e comportamentais incluem:
- Sentimentos incontroláveis de pânico, medo e/ou apreensão;
- Pensamentos obsessivos;
- Reações desproporcionais ao medo desencadeante;
- Inquietação;
- Problemas de memória e foco;
- Insônia;
- Pesadelos;
- Recusa em se envolver em atividades rotineiras;
- Comportamentos ritualísticos (por exemplo, lavagem repetida das mãos);
- Coração acelerado ou palpitações cardíacas;
- Tremor;
- Ondas de calor;
- Dores de cabeça
- Micção frequente;
- Falta de ar;
- Náusea;
- Músculos tensos;
- Suor excessivo;
- Boca seca.
Tipos de transtornos de ansiedade que afetam pessoas idosas
Transtorno de ansiedade social: Adultos com ansiedade social sentem extremo nervosismo e autoconsciência em cenários cotidianos envolvendo outras pessoas. Eles temem o julgamento dos outros e se preocupam em fazer algo para se envergonhar. Eles podem evitar ativamente situações sociais e ter dificuldade em fazer e manter amizades.
Fobia: Se uma pessoa tem um medo extremo e debilitante de algo que não representa uma grande ameaça – e esse medo a leva a evitar situações ou objetos específicos – isso é chamado de fobia. Algumas fobias comuns incluem procedimentos odontológicos, o mundo exterior (agorafobia), altura, insetos, tempestades e dirigir um veículo.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Os adultos mais velhos com TOC lutam com pensamentos ou compulsões indesejados e recorrentes. Muitas vezes, eles sentem que, ao realizar certas ações repetidamente (por exemplo, contar o número de ladrilhos no chão), poderão ter uma sensação de controle. Pensamentos perturbadores intrusivos, como ser ferido em um acidente de carro, também são uma forma de TOC.
Quais são as causas de ansiedade?
A ansiedade nem sempre tem uma causa específica, e os cientistas não sabem ao certo por que algumas pessoas sofrem de ansiedade excessiva. É possível que vários gatilhos situacionais e ambientais estejam em jogo. Alguns fatores de risco comuns para transtornos de ansiedade em idosos incluem:
- Eventos de vida estressantes (por exemplo, morte de um ente querido);
- Mobilidade física limitada;
- Perda de independência;
- Insegurança financeira;
- Distúrbios do sono (insônia);
- Condições crônicas de saúde (diabetes, obesidade);
- Efeitos colaterais de medicamentos (esteroides, estimulantes);
- Uso indevido/abuso de álcool ou medicamentos prescritos;
- Trauma de infância.
Como tratar a ansiedade?
Muitas pessoas idosas negligenciam procurar ajuda para sua ansiedade devido à vergonha e à falta de compreensão sobre a doença. É por isso que é importante saber que um transtorno de ansiedade não é algo que você pode controlar ou eliminar. É considerada uma condição crônica de saúde que requer tratamento médico, assim como diabetes ou pressão alta. Os transtornos de ansiedade geralmente são tratados com psicoterapia, medicamentos ou uma combinação de ambos.
Como os idosos podem controlar a ansiedade?
A busca por intervenção médica deve ser uma prioridade se sua ansiedade exceder as preocupações típicas do dia a dia. Mas também existem práticas de estilo de vida que você pode adotar para tornar sua ansiedade mais gerenciável:
Conversar: muitas vezes, compartilhar nossos sentimentos e experiências pode nos ajudar a nos sentir menos ansiosos. Considere ingressar em um grupo de apoio online ou presencial para pessoas com transtornos de ansiedade ou converse com um amigo de confiança, familiar ou líder espiritual.
Gerenciar o estresse: meditação, ioga, atenção plena, respiração profunda e outras técnicas de gerenciamento de estresse podem ajudar a aliviar os sintomas físicos da ansiedade e fazer a pessoa se sentir mais relaxada.
Evitar estimulantes: certas substâncias podem piorar os sintomas do transtorno de ansiedade. Isso inclui cafeína, nicotina, medicamentos para resfriado sem receita, álcool e certos suplementos de ervas.
Dormir bastante: um estudo da Universidade da Califórnia mostrou que a insônia pode aumentar a ansiedade em até 30% no dia seguinte. As pessoas mais velhas devem ter como objetivo dormir de 7 a 9 horas por noite.
A ansiedade severa não faz parte do envelhecimento normal – e não é preciso aceitar viver com ela. Se a preocupação excessiva estiver impedindo o idoso de ter uma vida feliz e produtiva, converse com um médico.