A demência é a perda do funcionamento cognitivo – pensar, lembrar e raciocinar – ao ponto de interferir na vida e nas atividades diárias de uma pessoa. Em alguns casos o indivíduo não consegue controlar suas emoções e sua personalidade pode mudar. A síndrome varia desde o estágio mais leve, quando começa a afetar o funcionamento comportamental, até o estágio mais grave, quando se passa a depender completamente de terceiros para as atividades básicas da vida diária, como se alimentar.

A demência afeta milhões de pessoas e é mais comum à medida que envelhecemos (cerca de um terço de todas as pessoas com 85 anos ou mais podem ter algum tipo de demência), mas não quer dizer que seja uma condição normal do envelhecimento. Muitos vivem até os 90 anos ou mais sem nenhum sinal dessa complicação.

 

Quais são os sinais e sintomas?

Os sinais e sintomas de demência ocorrem quando neurônios, outrora saudáveis no cérebro, param de funcionar, perdem conexões com outras células cerebrais e morrem. Enquanto todo mundo perde alguns neurônios à medida que envelhece, as pessoas com demência possuem uma perda muito maior.

 

Os sinais podem variar dependendo do tipo e podem incluir:

  • Perda de memória, mau julgamento e confusão;
  • Dificuldade em falar, compreender e expressar pensamentos, ler e escrever;
  • Andar e se perder em um bairro familiar;
  • Problemas para lidar com dinheiro de forma responsável;
  • Perguntas repetitivas;
  • Usar palavras incomuns para se referir a objetos familiares;
  • Levar mais tempo para concluir tarefas diárias normais;
  • Perder o interesse em atividades ou eventos diários normais;
  • Alucinar, ter delírios ou paranoia;
  • Agir impulsivamente;
  • Não se importar com os sentimentos dos outros;
  • Perder o equilíbrio e ter problemas com movimento.

 

Pessoas com deficiência intelectual e de desenvolvimento também podem desenvolver demência à medida que envelhecem e, nesses casos, reconhecer seus sintomas pode ser particularmente difícil. É importante considerar as habilidades atuais da pessoa e monitorar as mudanças ao longo do tempo que podem sinalizar a condição.

 

O que causa a demência?

Pesquisadores associaram mudanças no cérebro a certas formas de demência e estão investigando por que essas mudanças acontecem em algumas pessoas, mas não em outras. Para um pequeno número de pessoas, variantes genéticas raras foram identificadas. Embora ainda não saibamos ao certo o que pode prevenir, em geral, levar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir os fatores de risco.

 

Quais são os diferentes tipos de demência?

Doença de Alzheimer – o mais comum entre os adultos mais velhos. É causada por alterações no cérebro, incluindo acúmulos anormais de proteínas conhecidas como placas amilóides e emaranhados tau.

Demência frontotemporal – uma forma rara de demência que tende a ocorrer em pessoas com menos de 60 anos. Está associada a quantidades ou formas anormais das proteínas tau e TDP-43.

Demência com corpos de Lewy – uma forma de demência causada por depósitos anormais da proteína alfa-sinucleína, chamada corpos de Lewy.

Demência vascular – uma forma de demência causada por condições que danificam os vasos sanguíneos no cérebro ou interrompem o fluxo de sangue e oxigênio para o cérebro.

Demência mista – uma combinação de dois ou mais tipos de demência. Por exemplo, por meio de estudos de autópsia envolvendo idosos com demência, os pesquisadores identificaram que muitas pessoas apresentavam uma combinação de alterações cerebrais associadas a diferentes formas de demência.

 

Como é diagnosticada?

Os médicos primeiro avaliam se a pessoa tem uma condição subjacente, potencialmente tratável, que pode estar relacionada a dificuldades cognitivas. Um exame físico para medir a pressão arterial e outros sinais vitais, bem como exames laboratoriais de sangue e outros fluidos para verificar os níveis de vários produtos químicos, hormônios e vitaminas, podem ajudar a descobrir ou descartar possíveis causas dos sintomas.

Uma revisão do histórico médico e familiar pode fornecer pistas importantes sobre o risco de demência. As perguntas típicas podem incluir se a demência ocorre na família, como e quando os sintomas começaram, mudanças no comportamento e na personalidade e se a pessoa está tomando certos medicamentos que podem causar ou piorar os sintomas.

 

Quem pode diagnosticar?

Visitar um médico de cuidados primários geralmente é o primeiro passo para pessoas que estão passando por mudanças no pensamento, movimento ou comportamento. No entanto, os neurologistas – médicos especializados em distúrbios do cérebro e do sistema nervoso – são frequentemente consultados para diagnosticar a demência. Psiquiatras geriátricos, neuropsicólogos e geriatras também podem diagnosticar a síndrome.

 

Conviver com pessoas que sofrem de alterações no comportamento pode ser muito cansativo. Somos seres humanos e estamos sujeitos, é algo natural. Por isso é importante procurar ajuda, dividir suas angústias e não suportar tudo sozinho. Nós da Cia Cuidadores, estamos aqui para atender seja qual for a sua necessidade. Ficou com alguma dúvida ou quer mais informações? Entre em contato com a gente!