POR QUE CUIDAR DA SAÚDE MENTAL DO IDOSO É IMPORTANTE

Em primeiro lugar, porque os problemas emocionais costumam ser silenciosos e, algumas vezes, vêm disfarçados de doenças físicas, dificultando um diagnóstico mais rápido. Depois, porque os idosos têm maior prevalência de depressão no Brasil. Em 2019, pessoas com idade entre 60 e 64 anos representavam a faixa etária proporcionalmente mais afetada, com 13,2% desta população diagnosticada com depressão, segundo dados do IBGE e do Ministério da Saúde¹.

Por isso, quanto mais cedo se proporciona um ambiente seguro emocionalmente, maiores as possibilidades de conscientização da pessoa idosa quanto aos desafios relacionados à saúde mental, com boas chances de blindar e poupar nossos velhinhos de sofrimentos!

Um spoiler: o convívio social, especialmente com a família, faz toda a diferença para o envelhecimento mentalmente saudável. Mas depois a gente conta isso em mais detalhes!

Quando os problemas de saúde mental do idoso começam a aparecer

Apesar dos desafios, a velhice é uma fase que pode ser vivida de forma ativa. Acontece que o próprio desejo de querer continuar a ser produtivo e a contribuir socialmente pode ser um gatilho para o desenvolvimento de problemas emocionais, afinal, muitas vezes, isso é negado às pessoas da terceira idade.

E o fato de reduzir uma participação maior do idoso não é por não confiar em sua capacidade de prestar um bom serviço; muitas vezes, é pelo excesso de zelo! No intuito de preservar a saúde física e mental das pessoas mais velhas, vamos retirando algumas responsabilidades delas, privando-as de algumas tarefas. Assim, sentimentos como o de incapacidade e ansiedade começam a rondar e a causar impactos na saúde mental do idoso.

Ser cuidadoso com uma pessoa idosa não é o problema, mas suprimir sua autonomia e independência podem, sim, provocar impactos negativos ao emocional.

Sinais de problemas com a saúde mental 

Antes de continuarmos, vamos diferenciar duas situações quanto à saúde mental do idoso: existe o processo de envelhecimento natural, chamado de senescência, e o processo de envelhecimento patológico, conhecido como senilidade.

O foco deste artigo é voltado aos aspectos da senescência, em que as mudanças vividas pelas pessoas idosas são aquelas já esperadas com o avançar da idade, como os pequenos lapsos de memória. Ou seja, o termo “saúde mental” é relacionado aos aspectos emocionais da velhice, e não aos relacionados às doenças mentais.

Tendo isso esclarecido, listamos abaixo alguns sinais de que a saúde mental do idoso pode estar precisando de atenção:

  • abandono dos cuidados pessoais, como banho e escovação de dentes;
  • reclamação de doenças sem causas ou sintomas aparentes;
  • irritabilidade incomum;
  • queixas constantes e sem motivo;
  • choro constante;
  • indisposição física para atividades que antes gostava de realizar.

Esses são alguns sintomas de algo pode não estar bem. Entretanto, quando se convive com uma pessoa idosa, é preciso estar sempre atento. Ao menor sinal de mudança em seu comportamento, vale a pena iniciar uma investigação. Quanto consultar com um profissional, melhor. Idealmente, um especialista em cuidados geriátricos, já que nossos velhinhos precisam de atendimento qualificado.

Como ajudar a preservar a saúde mental 

À medida que o corpo vai envelhecendo, algumas pessoas já começam a sentir os impactos em sua saúde mental. Isto quer dizer que quanto antes cuidar dos aspectos emocionais , mais saudáveis as pessoas chegarão à velhice.

Os cabelos brancos, as rugas, as limitações físicas, o preconceito etário no ambiente de trabalho, o distanciamento dos filhos e outros familiares, tudo isso pode contribuir para abalar o emocional.

Então, é papel dos mais jovens amparar aqueles que estão chegando à velhice, lembrando de não os privar de sua autonomia, pois isso também vai minar a autoestima dos mais velhos. É importante manter um diálogo que permita entender os limites.

Outro ponto que pode fazer a diferença, especialmente se a velhice vier acompanhada da senilidade, é contar com um cuidador de idosos para apoiar a família neste momento. O guardião de idosos pode realizar deste atividades mais simples, como ajudar com a higiene básica, até o acompanhamento às consultas médicas.

Muito mais que um profissional, o guardião de idosos se torna um elo com a família, ajudando a preservar a saúde mental do idoso, estando presente quando a rotina familiar não permite. Lembrando o spoiler que demos lá no início: possibilitar que o idoso permaneça no seio familiar, recebendo os cuidados necessários ao lado da família é essencial para manter a saúde mental ainda mais fortalecida!

Para saber mais sobre esse trabalho, fale hoje mesmo com a equipe da Cia Cuidadores pelo WhatsApp ou preencha o formulário no site. Nós podemos ajudar você a cuidar da saúde mental do idoso sob sua responsabilidade!

Fonte:

BRASIL. Boletim Fatos e Números. Saúde Mental. Brasília-DF. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional da Família. Observatório Nacional da Família. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/observatorio-nacional-da-familia/fatos-e-numeros/5.SADEMENTALLTIMAVERSO10.10.22.pdf